quinta-feira, 2 de novembro de 2023

VII EDIÇÃO DO SEMINÁRIO PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO PARA O III MILÊNIO

Idenilton J. N. dos Santos

Professor – Escritor – Poeta

Advogado – Conferencista

Palestra de abert6ura do seminário.

 

A Educação é, certamente, a base e principal requisito para que o homem se torne pleno. Queiram perdoar, todavia, embora lance mão de tal expressão, não obstante haver o risco de incorrer em “lugar comum”, isto é fato, e, conquanto o seja deve ser evidenciado e discutido, muito mais, ainda para além do que já fora. Portando, com a vossa licença, permitam brincar com este infame trocadilho, lançando à baila e ideia de que não é este um lugar comum, de outra forma sim, este, um lugar necessário. Então, desta forma, avancemos.

Neste sentido, é premente a necessidade de si ressaltar aquilo que nos ensinou o mestre Huberto Rohden[1]: Posto que já iniciada esta justa, e necessária, homenagem, a este brasileiro multifacetado, deve-se, então, ressaltar sua trajetória que se revela por meio de sua obra, representada por seus mais de cem títulos publicados, entre livros, ensaios e tratados. Note-se que  já em meados do século XX, Huberto Rohden já abordava temas que só a partir do final daquele século começariam a se tornar recorrentes na literatura espiritualista brasileira e tudo quanto pertinente ao desenvolvimento integral do “homem”: a cidadania e a consciência cósmicas; a autoeducação como principal meio de auto iluminação; a cosmocracia (autogoverno de acordo com a ética universal); a felicidade via exercício contínuo do autoconhecimento e autorrealização; a espiritualidade de cunho laico, temporal, ecumênico e universalista.

A mensagem de sua obra é tornar o homem consciente de sua condição de um ser inteligente, espiritual e integral em rumo de sua evolução, sua filosofia tem um viés de uma reforma interior em que o ser para encontrar sua paz e felicidade necessita conscientizar de seu eu-crístico ou eu-cósmico, teses geradas pela filosofia univérsica, a qual dirigiu por muitos anos.[2]

 Apesar de ser, como intelectual, o precursor brasileiro do espiritualismo universalista e de ter obras com boa distribuição e a preços populares, ainda é pouco conhecido e divulgado na comunidade espiritualista do Brasil o papel pioneiro de Huberto Rohden no âmbito do espiritualismo universalista.

 

O MOVIMENTO DA ESCOLA NOVA

 

Por falar em fazer justiça, cabe também lembrarmos de Anísio Spínola Teixeira [3], Personagem central na história da educação no Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, difundiu os pressupostos do movimento da Escola Nova, que tinha como princípio a ênfase no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento, em preferência à memorização. Reformou o sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro, exercendo vários cargos executivos. Foi um dos mais destacados signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova,[2] em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório, divulgado em 1932. Fundou a Universidade do Distrito Federal, em 1935, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.

 

Na ideia de uma educação integral[3] e uma educação para todos, expressa por Anísio Teixeira foi a concepção de educação que permeou os escritos e a obra de Anísio Teixeira, está a base de sua atuação como educador e sua contribuição para a educação no Brasil, que alguns consideram importante até hoje.

De sua obra em Salvador, destaca-se o Centro Educacional Carneiro Ribeiro


 (melhor conhecido por Escola Parque), de 1950, situado no populoso e pobre bairro da Liberdade, no qual buscou inspiração Darcy Ribeiro para, na década de 1980, criar os CIEPs. Na década de 1990 foi a vez do Governo Federal criar os CIACs e, no início do século XXI, na Bahia, os Colégios Modelo — todos fundamentados em sua ainda atual visão da educação integral e, no início do século XXI, os mais de 21 CEUs (Centros Educacionais Unificados), construídos na cidade de São Paulo, tiveram em seus projetos fortes influências da Escola Parque de Anísio.

Em Caetité, em sua casa natal (foto acima), mantém-se a Fundação Anísio Teixeira, presidida por sua filha Anna Cristina Teixeira Monteiro de Barros, com apoio governamental (Estado e Município) e da iniciativa privada, e a Casa Anísio Teixeira, com bibliotecamuseu, cineteatro e biblioteca móvel. A instituição leva conhecimento e mantém viva a memória do grande educador brasileiro.

No Rio de Janeiro existe o Centro Educacional Anísio Teixeira, escola privada de ensino fundamental e ensino médio, com proposta pedagógica segundo as ideias do educador.

 

A EDUCAÇÃO UNIVÉRSICA E AS PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO PARA O TERCEIRO MILÊNIO.

 

"A Educação univérsica é o primeiro passo para que o homem alcance a consciência-cósmica, holística/universal, porque o homem cosmificado é um homem integralmente são e sadio - na alma, na mente e no corpo. Geralmente o homem não está em harmonia como meio"...O seu 'Verso" finito não está em perfeita sintonia com o ”Uno” ”infinito”.

 Ou, em linguagem de moderna psicologia: o Homem-ego não está em equilíbrio com o Homem-eu, entendendo-se como Homem-eu a forma individual do Universo. Ou, conforme se convencionou dizer: micro verso.

Aos mais afoitos pede-se que tenham paciência. De certo cobrarão uma referência precisa, acerca desta lição do grande educador e filósofo brasileiro. Tal afirmação é possível a qualquer um que leia algumas das obras daquele grande pensador.  Ideia pertinente à educação e seu pensar, neste campo, fica evidente no conjunto da obra de ROHDEN, dispensando destaques especifico de qualquer de seus 126 títulos publicados. Neste sentido, avançando um poucos mais, alcançaremos, ainda, no riquíssimo conjunto de obras, o conceito de Educação-Emocional, também ali amplamente contemplado, e isso traz profundo impacto no tocante aos métodos convencionais posto que a partir desta forma ampliativa e integrativa de contemplar as diversas facetas, e nuances, do fenômeno “educar”,  irá influenciar, diretamente, na vida do indivíduo, fazendo-o adquirir a capacidade para melhor compreender os fatos e fenômenos que o envolvam, direta ou indiretamente, em todos os campos da sua vida.

A Educação-Emocional/ Universa/Holística possibilitaria o equilíbrio dos valores éticos/Morais. Assim o mencionamos/grafamos propositalmente posto que a Ética e a Moral se imbricam, impressentidamente, e fluem complementarmente no que se refere à conduta humana de um modo geral, apesar de que não se pode dizer ser esta o mesmo

que aquela. Neste diapasão vale ressaltar que são complementares. Fator e fenômeno sociais                                                                                               integrativos e complementares de interação.

Lato senso, pode-se inferir, no tocante aos atos-morais, ou amorais, que: irão depender do equilíbrio entre o eu/micro e o universo/macro, tanto do ponto de vista simplista da interação do indivíduo com a sociedade, quanto do ponto de vista mais integrativo, a partir de uma cosmovisão transcendente, que fará o indivíduo, “Eu-nato”, projetar-se, ampliativamente, para além de si, e capaz de manter-se pleno, mesmo nesta condição de exteriorização. É, neste ponto, ato/fato, ensejador, que se viabiliza a “dualidade” dos “Valores-éticos” na balança das “atitudes-positivas ou negativas”: atos morais ou imorais, ou até amorais. Deste modo, a moralidade de cada um (quantidade/qualidade moral), está diretamente ligada aos seus Mores – hábitos/costumes, que serão moldados pela aplicação da Educação-Emocional/Univérsica/Holística, contribuindo para o equilíbrio Cósmico e consequentemente para a evolução Ética/moral-social/profissional, e demais campos da vida deste ou daquele indivíduo.

Avancemos então de mãos dadas com a Axiologia, a Psicologia-aplicada, a Teologia e a Educação-Emocional/Univérsica/Holística na busca do Autoconhecimento para alcançarmos a Autorrealização neste novo século que se anuncia.



[1] Huberto Rohden (São Ludgero, 30 de dezembro de 1893 — São Paulo, 7 de outubro de 1981) foi um filósofo, educador e teólogo brasileiro.[1] Filho de Johannes Rohden e de Anna Loc
ks.Filho de imigrantes alemães[2] e precursor do espiritualismo universalista, escreveu mais de 100 obras (ao final da vida, condensadas em 65 livros), onde franqueou leitura ecumênica de temáticas espirituais e abordagem espiritualista de questões pertinentes a pedagogia, ciência e filosofia, enfatizando o autoconhecimento, a autoeducação e a autorrealização. Propositor da Filosofia univérsica, por meio da qual defendia a harmonia cósmica e a cosmocracia: autogoverno pelas leis éticas universais, conexão do ser humano com a consciência coletiva do universo e florescimento da essência divina do indivíduo, reconhecendo que deve assumir as consequências dos atos e buscar a reforma íntima, sem atribuir à autoridade eclesiástica o poder de eliminar os débitos morais do fiel.

[2] Referências:  http://www.imagick.org.br/pagmag/turma2/rohden4.html. / da Silveira, Luiz Henrique (24 de maio de 2008). «Rohden & Einstein». Notisul. Consultado em 14 de fevereiro de 2023.

Bibliografia: Lottin, Jucely: O Verde Vale do Rio Braço do Norte. Tubarão: Copiart, 2009. «Cursos do Prof. Huberto Rohden em áudio»«Biografia, Poesias e Palestras»«Entrevista»

[3] (Caetité12 de julho de 1900 — Rio de Janeiro11 de março de 1971) foi um jurista, intelectual, educador e escritor brasileiro.[1]  «Biblioteca Virtual Anísio Teixeira». (biografia feita por Hermes Lima), Biobibliografia de Anísio Teixeira (R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 82, n. 200/201/202, p. 207-242, jan./dez. 2001.) «ROCHA, João Augusto de Lima. Referências à Revolução na Obra de Anísio Teixeira. Brasília: Revista de Pedagogia, Universidade de Brasília, ano 2 – número 4 – Terceiro especial sobre Anísio Teixeira.» (PDF) Anísio Teixeira: Vida, Obras e Movimento, por Francisco Gilson Rebouças Pôrto Júnior, Proyecto Ensayo Hispánico. TEIXEIRA, Anísio e ROCHA E SILVA, Maurício. Diálogo sobre a lógica do conhecimento. São Paulo: Edart Editora, 116p.






 

VII SEMINÁRIO SOBRE PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO PARA O 3º MILÊNIO

 

COMO SURGIU A IDÉIA PARA ESTE SEMINÁRIO

 Em 1999 IDENILTON J. N. DOS SANTOS, jovem voluntário CEPIANO, redigiu um pequeno texto sobre suas próprias PERSPECTIVAS acerca da EDUCAÇÃO PARA O 3º MILÊNIO, daí o nome do seminário, e o mandou para os três jornais da Cidade: “A Tarde”, “A Tribuna da Bahia” e “O correio da Bahia”, telefonou para as respectivas redações e disse que havia mandado o texto para os três jornais, pediu que avaliassem e se julgassem válido o publicassem. O textículo acabou publicado nos três jornais. A partir dali este tema, que já o entusiasmava, passou a fazer parte de suas atividades. E, periodicamente, realizou seminários sobreo tema. Este ano, após o flagelo da pandemia, voltou a fazê-lo, contando com o apoio de professores, amigos. Estes igualmente comprometidos com a causa. Contou também o apoio da diretoria do Museu Geológico da Bahia - MGB, cujo auditório fora o endereço da sétima edição, do seminário, tendo sido incluído oficialmente na grade das atividades pela semana Nacional do Museu, dada a importância do tema central, e as palestras correlatas. A sétima edição contou com o importante apoio da FEDERAÇÃO INVESTIGATIVA DE DIREITOS HUMANOS – FIDH, da FRATERNIDADE 1.96 (Uma fraternidade mantida por ex militares, familiares e amigos), e a FRATERNIDADE DOS CAVALEIROS DA LUZ E DOCONHECIEMNTO.

 Na ocasião o organizador do evento também homenageou o professor Germano Machado (Fundador do Círculo de Estudos, Pensamento e Ação – CEPA / Aos 13 de junho de 1951). Germano é Filosofo e Jornalista, ainda grafamos “é”, posto que segue vivo nos corações dos entusiastas CEPISTAS e CEPIANOS. Germano, grande entusiasta da mobilização da Juventude através da cultura e das artes, dedicou sua vida ao cepa de tal forma que chegou a assinar como “Germano CEPA Machado”, e no CEPA, misturando jovens talentos e especialistas das mais diversas áreas, os debates eram acalorados e produtivos. Fora anunciado ao público que a partir daquela data as edições daquele seminário teriam doze homenageados com a “COMENDA GERMANO CEPA MACHADO”, e naquela noite pessoas com relevantes serviços prestados à sociedade foram agraciados com esta comenda.

OS HOMENAGEADOS DA SÉTIMA EDIÇÃO

 Germano CEPA Machado; cuja comenda recebeu seu nome; Todos os Cepistas/Cepianos, simbolicamente, na pessoa do Prof. Afonso Miranda; o Deputado Constituinte e Empreendedor Sociocultural Alcindo da Anunciação; o Vereador e Jornalista Leandro Guerrilha; o Cantor e Arte-educador Osvaldo Bailado; o Arte-educador e Empreendedor Sociocultural Paulo César Sacramento; o Esporte-educador André Santana; o Professor Bruno Sepúlveda; o Jornalista, Arte-educador e Empreendedor Sociocultural Robson Oliveira; o Ambientalista Claudio Batista; o Esporte-educador Edmar Silva dos Santos, o Museu Geológico da Bahia; o Engenheiro e Arquiteto Washington Arlindo Silva Freitas; o comunicador Caetano Barata; e o Pedagogo Raimundo Antônio Silva dos Santos.



quarta-feira, 1 de novembro de 2023

LINKS PARA ACOMPANHAR O PROFESSOR SANTOS

 DEPRESSÃO[1]

 

Além das alterações de humor ou irritabilidade, ansiedade e angústia a depressão possui diversos sinais e sintomas, que podem ser isolados ou somatizados. Os principais sintomas da depressão são:

  • irritabilidade, ansiedade e angústia;
  • desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
  • diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer ;
  • desinteresse, falta de motivação e apatia;
  • sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero e desamparo;
  • pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima;
  • sensação, inutilidade, ruína e fracasso;
  • interpretação distorcida e negativa da realidade;
  • dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
  • diminuição do desempenho sexual;
  • perda ou aumento do apetite e do peso;
  • insônia ou despertar matinal precoce;
  • dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos; 

Existem alguns fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão. 

  • Histórico familiar
  • Transtornos psiquiátricos correlatos
  • Estresse crônico
  • Ansiedade crônica
  • Disfunções hormonais
  • Excesso de peso
  • Sedentarismo e dieta desregrada
  • Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)
  • Uso excessivo de internet e redes sociais
  • Traumas físicos ou psicológicos
  • Pancadas na cabeça
  • Problemas cardíacos
  • Separação conjugal
  • Enxaqueca crônica

Como diferenciar tristeza e depressão?

  • Tristeza tem motivo. A pessoa sabe que está triste. 
  • A depressão é uma tristeza profunda e muitas vezes sem conteúdo, sem motivo aparente. Mesmo se algo maravilhoso acontecer ou estiver acontecendo, a pessoa continuará triste.
  • A pessoa triste pode ter sintomas no corpo, como sentir aperto no perito, taquicardia, chorar. 
  • A pessoa deprimida tem pensamentos suicidas. 
  • Quem está triste costuma ter pensamentos repetitivos sobre a razão da tristeza.
  • Quando deprimida, a pessoa sente, pelo menos, duas semanas de uma tristeza profunda e contínua.

Como é feito o diagnóstico da depressão?

O diagnóstico da depressão é clínico e somente pode ser dado por um médico especialista, no caso o psiquiatra, que é responsável por tratar pessoas com transtornos mentais.  

Como saber se a pessoa sofre de depressão?

Durante uma consulta com um médico especialista serão feitos alguns testes e questionários, que podem apontar para o distúrbio. 

Nesse momento, o psiquiatra fará, também, outras observações, como histórico do paciente e familiares, e poderá pedir alguns exames laboratoriais específicos para se chegar ao diagnóstico.

A depressão também pode estar associada a outros transtornos psiquiátricos e tem níveis de intensidade. Pode ser leve, moderada ou grave.

Cada caso é avaliado individualmente e cada paciente recebe um diagnóstico e é encaminhado para tratamento específico.



[1] FONTE: saude.gov.br

 O VOTO E ADEMOCRACIA

 


O voto é, sem dúvida, a consolidação, tal que materialização, do sufrágio, possibilitando a escolha daqueles que ocuparão os cargos representativos no legislativo ou no executivo, e, no aspecto conceitual, como fundamentação, figura como a concretização daquilo que deve ser a DEMOCRACIA.


Neste sentido, é, portanto, fundamental que o cidadão compreenda o papel desempenhado por estes representantes, bem como, que tenham habilidade e condições para avaliar o comportamento e ações de seus representantes no exercício dos seus mandatos, inseridos no âmbito político e social do Estado, em suas diversas esferas.


É imprescindível compreender, senhores, senhoras, meninos e meninas, que ao pretender alcançar uma verdadeira democracia (conforme concebida, implantada e implementada, no contexto da organização, social mundial), de forma gradativa e efetiva, necessariamente se deve atingir um maior nível de consciência, devendo esta ser de caráter coletivo (a consciência social imbricando-se com a ética social e coletiva), pois, a responsabilidade é de todos.

Considerando-se o quanto exposto até aqui já nos permite concluir que eximir-se do processo eletivo implica em contribuir/colaborar/corroborar para o fomento das ações que vem degenerando e degradando a sociedade e, em escala maior, o Estado.


O enfraquecimento político, por todos os fatos e motivos, que são muitos, claros (até mesmo ao CIDADÃO COMUM, menos provido de informação e orientação), provoca o desinteresse dos cidadãos quando se dá conta do cenário vergonhoso e degradante (um mar de fraudes e corrupção), no qual está inserido.

Aqueles que deveriam atuar como representantes do povo, defendendo seus interesses, acabam por se revelarem como EMPREENDEDORES, na condução dos trabalhos como parlamentares, e mestres do SHOW BUSINESS, na hora de mascarar e escapar da responsabilidade pelas PRÁTICAS ABUSIVAS.

 É fato sabido que a democracia teve suas origens na Grécia antiga, configurando-se a partir da concepção estrutural/governativa destinada a gerir as relações e condutas dentro das cidades/polis. Sabemos ainda das diferenças geradas:

Na Grécia adotava-se a Democracia Direta, pela qual a vontade popular se expressava sem a necessidade de um representante, ou intermediários. No mundo moderno, devido a diversos fenômenos, evidenciados com simples estudos da história, visando simplificar, dinamizar e facilitar o processo, passou-se a adotar o princípio da representatividade. Assim sendo, devemos, todos, como cidadãos, tomar parte, direta ou indiretamente, e sermos comprometidos com o bem estar e desenvolvimento do estado, buscando cumprir o papel inerente a tal posição.

Cabe, portanto, lembrar que ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei. Direitos aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranquila.

Premente a necessidade de ressaltar que o Direito de gozar de cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. A sociedade brasileira, especificamente, clama por transformações, e a esperança tornou-se palavra-chave desses novos tempos.

A superação dos graves problemas que afligem o povo brasileiro, como a corrupção institucionalizada, o desencanto do povo face aos muitos erros e desmandos dos gestores, a crise económica e a crise de valores, é o principal desafio dos governos, no presente e no futuro.

Vencer a descrença, a desconfiança,  e o desinteresse, e ainda resolver questões como a desigualdade, a falta de emprego, etc., faz parte de uma estratégia e de um novo modelo de gestão, para alcançar um grau de  desenvolvimento para o país, que pode dispor, com inteligência, gestão comprometida e ética, para tanto, da imensa riqueza natural de nosso país, a exemplo de outros,  onde se tem investido em informação e tecnologia, combinando-se com planejamento estratégico no campo da economia e das relações internacionais, para a viabilização de uma indústria forte e  competitiva, com mão de obra qualificada, que poderá gerar emprego em larga escala e se o povo tem renda tem renda razoável, tem saúde, educação, lazer, segurança e habitação. Assim o estado poder se incumbir da construção de um novo momento histórico, sendo que as medidas que levariam a está nova realidade devem ser compromisso de todo gestor, devendo ainda estar pautadas em todas as ações de governo, bem como de cada cidadão. Neste contexto é que afirmamos o direito da cidadania, mas uma cidadania consciente e efetiva.

Em resumo: Ser cidadão é ter direitos civis, mas também é ter deveres. Acima de tudo é tomar parte, ativamente, no destino da sociedade, votar, ser votado, exercendo seus direitos políticos e sociais, com consciência e ética.

Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia, sem os direitos sociais, e, os direitos sociais implicam, como dito anteriormente, em deveres. Portanto: Apenas votar, ou deixar de votar simplesmente (o que é pior), não basta. Revela-se premente a necessidade de uma participação efetiva, e concreta, e muito comprometimento. Diante de tudo quanto exposto até aqui, movido por espírito democrático/republicano, que, uma vez notando a necessidade de um agir coletivo e responsável, com participação ativa, para o bem estar político-sócio-econômico do Estado, nos seus elementos fundamentais (povo, território e soberania),  venho provocar, levando à reflexão, conforme fundamentos da jurisprudência e doutrina, quanto a questões relativas ao sistema representativo brasileiro, com ênfase no sufrágio/voto, sem que para tanto viéssemos a estabelecer/produzir conceitos ou críticas a quaisquer dos documentos tomados como referência, pretendendo-se tão somente interpretá-los à luz da vivência e ciências da economia, do direito, da política, da história e da sociologia, para conclamá-los a tomar parte e assumir  o papel fundamental de votar com a razão, conscientemente.

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"LOVE HURTS" - 1975 - NAZARETH

É madrugada e não consigo dormir. A mente mergulhada em um universo onde imperam as músicas. Decido falar disso para vocês. Esco...