quinta-feira, 30 de março de 2023

SÃO MUITAS AS REFORMAS NECESSÁRIAS NO BRASIL

Ressalta-se, notadamente, a carência de se tratar de tal fato com seriedade e responsabilidade. É premente a necessidade de se fazer as REFORMAS: da previdência, a agrária, a tributária, da educação, do judiciário, a eleitoral, da saúde, do sistema de habitação, da política salarial, a reforma da administração pública e muitas outras reformas.

Contudo, urgência maior está em fazermos acontecer a REFORMA MORAL. Cada cidadão deve revisar e reformar seu conjunto de valores, seus princípios e controlar rigorosamente seus hábitos. Sim, os hábitos, pois, basta observar o entorno de si para notar os vícios e a mania de levar vantagem em tudo. E esse hábito é fortemente enraizado desde o mais modesto dos sujeitos aos mais abastados e mais influentes. Todas as outras reformas são necessárias, toda via, a REFORMA MORAL É FUNDAMENTAL.

VAMOS LÁ, CAMARADAS, IRMÃOS, COMPANHEIROS, MANOS, PARÇAS, CHEGADOS... DOS MANÉS AOS MAIS SAFOS!... REFORMA MORAL, JÁ.

Não se pode mexer na moral alheia. Mas, ajustando a si mesmo e promovendo a reforma moral INDIVIDUALMENTE, refletiremos os resultados. E, ainda que por obrigação, outros começarão a seguir o exemplo.

Afinal, como ensinava Dona Durvalina dos Reis Nascimento, e Sr. Elias dos Santos,  É preciso entender que o certo é certo, mesmo se ninguém estiver fazendo, e, que o errado é errado, mesmo se todo mundo estiver fazendo.

REFORMA JÁ!...




 

PROF. IDENILTON J. NASC. DOS SANTOS

Advogado / Romancista / Poeta / Ensaísta / Palestrante

Especialista em Direito Civil

Especialista em Gestão

sábado, 15 de maio de 2021

O ALPHA E O ÔMEGA

Todas as manhãs, por volta das 4:30h, desperto e por força do habito não durmo mais... Sim... é isso mesmo: dormia tarde e acordava antes do amanhecer. Acostumei.

Coloquei-me a pensar na vida. Lembrei da minha inquietude da infância e dos muitos desafios que enfrentei ate aqui.
Encontrei na memoria um filminho da vovó DUDU, dizendo: “Deus da providência”... e mamãe, confirmando com um sim, balançando a cabeça.
Achei um filminho de quando aprendi a rezar o meu terço. Que virou rotina. Se estava feliz ia de terço. Se estava triste, terço... Problemas?... terço... se não tinha nada para fazer.. terço... dia corrido?... isso mesmo: terço e meditação de contrição.
Rolou uma retrospectiva... Hmm... Ufa...
Não é a primeira vez que preciso me superar... as mãos de deus sempre nos tocam... no momento exato... sempre... sempre!
Servir a DEUS não é passaporte para uma vida perfeita na Terra.
Quem busca a DEUS, tem mais desafios. Sim. Pois tentarão tirar-nos da presença dele a todo custo. Fazem de tudo... O mundo não dá tréguas para quem busca a DEUS. Quem tenta viver na fé e nas virtudes. Mesmo outros irmãos, em CRISTO Jesus, acabam sendo instrumento para nos ferir.
As forças ocultas nos atacam no que somos mais frágeis: no ego, por exemplo. A vaidade é uma das vias para ataques eficazes.
Todavia, o SER PRIMORDIAL. O ALPHA E O ÔMEGA... AQUELE QUE TUDO PODE E TUDO FEZ, NAO ABANDONA SEUS FILHOS. E SE NOS DEIXA CRUCIFICAR É PARA NOSSA REDENÇÃO E REMISSÃO PARA O REINO DE GRAÇA.
A DOR DOS ESPINHOS E O PESO DA CRUZ NA JORNADA DA VIDA MACHUCAM E FAZEM CHORAR.
SER CHICOTEADO PELOS ALGOZES E HUMILHADO PELO MUNDO NÃO DEVE NOS DESANIMAR. POIS O PRÓPRIO CRISTO ASSIM O FOI E ACABOU PENDURADO NO MADEIRO. A vida nos faz lembrar e o CRISTO nos preparou para a jornada PELO EXEMPLO.
IMITEMO-LO...
Seja FORTE na FÉ, GRANDE na ESPERANÇA e CHEIOS de DETERMINAÇÃO para fazer a jornada.
SEJAMOS RESIGNADOS: NA CERTEZA DE QUA PARA ALÉM DA CRUZ ESTÁ O CRISTO, O REDENTOR.
Óh! Meu JESUS... Eu reconheço o sacrifício como instrumento para a REMISSÃO pelos meus pecados e a REDENÇÃO da minha alma e te aceito, como meu GUIA, meu SENHOR e meu SALVADOR.

sexta-feira, 14 de maio de 2021

 Woman in Chains

É melhor você amar amar e é melhor você se comportar
You better love loving and you better behave

É melhor você amar amar e é melhor você se comportar
You better love loving and you better behave

Mulher acorrentada
Woman in chains

Mulher acorrentada
Woman in chains
Chama seu homem de a grande esperança branca
Calls her man the great white hope

Diz que ela está bem, ela sempre vai lidar com
Says she's fine, she'll always cope

Ohh mulher acorrentada
Ohh, woman in chains

Mulher acorrentada
Woman in chains
Bem, eu sinto que mentir e esperar é coisa de homem pobre (coisa de homem pobre)
Well I feel lying and waiting is a poor man's deal (a poor man's deal)

E eu me sinto desesperadamente oprimido por seus olhos de aço (seus olhos de aço)
And I feel hopelessly weighed down by your eyes of steel (your eyes of steel)

Bem, é um mundo que enlouqueceu
Well it's a world gone crazy

Mantém a mulher acorrentada
Keeps woman in chains
Oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh oh

Mulher acorrentada
Woman in chains

Mulher acorrentada
Woman in chains
Troca sua alma como pele e ossos
Trades her soul as skin and bones

Vende a única coisa que ela possui, oh oh
Sells the only thing she owns, oh oh

Mulher acorrentada
Woman in chains

Mulher acorrentada
Woman in chains
Homens de pedra
Men of stone

Homens de pedra
Men of stone

Oh não não não
Oh, no no no
Bem eu sinto
Well I feel

No fundo do seu coração existem feridas, o tempo não pode curar
deep in your heart there are wounds time can't heal

E eu sinto
And I feel

alguém em algum lugar está tentando respirar
somebody somewhere is trying to breathe

Bem, você sabe o que quero dizer
Well you know what I mean

É um mundo que enlouqueceu
It's a world gone crazy

Mantém a mulher acorrentada
Keeps woman in chains
Está sob minha pele, mas fora de minhas mãos
It's under my skin but out of my hands

Eu vou rasgar mas não vou entender
I'll tear it apart but I won't understand

Não vou aceitar a grandeza do homem
I will not accept the greatness of man
É um mundo que enlouqueceu
It's a world gone crazy

Mantém uma mulher acorrentada
Keeps a woman in chains

Enlouqueceu, mantém a mulher acorrentada
Gone crazy, keeps woman in chains
Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her

Então liberte ela
So free her
Fonte: LyricFind
Compositores: Roland Orzabal
Letra de Woman in Chains © BMG Rights Management

quarta-feira, 29 de julho de 2020

CONTROLE DAS MASSAS.


Olá, sou o Professor Idenilton Santos. Hoje percebi a preocupação de um amigo dos idos anos da infância (Helio Fernandes), acerca da manipulação das grandes corporações para iludir e conduzir o público que é arrastado sob uma ótica equivocada acerca da realidade do que sentem institucionalizado e sistematizado no mundo.
parabéns irmão. É preciso, ao despertar, tomar posição.
Não apenas por causa dos indivíduos que se rendem ao sistema manipulador, mas, principalmente para quebrar a inércia provocando os demais para despertarem.
Infelizmente, meu nobre amigo, parceiro de muitas andanças, nas trilhas desta vida, as corporações e grandes instituições, diversas... Não estão preocupadas em promover a imagem de pessoas abnegadas e altruístas, de modo a promover o desenvolvimento de uma consciência coletiva e impulsionadora de uma sociedade forte e próspera. Querem apenas vender. Querem, antes sim, dominar pelo consumismo e uma libertinagem, que se confunde com liberdade, levando-os  a consumirem, insanamente, de tudo, serviços, produtos, e imagem, rendendo-se a qualquer frase pronta, qualquer jargão,  que sustente esta ideia de liberdade obscurantista e manipuladora que na verdade só nos conduz a uma decadência e degradação tamanha que as pessoas nem se dão conta. Não é pelas escolhas, mas sim, pelo modo como escolhem e os fins que motivam estás escolhas.  Propalam e publicitam que as pessoas têm direito de escolher, mas são manipuladas e tolhidas no que tange à capacidade de compreender a dinâmica e sistemática cruel e desumanizadora a que estamos submetidos. A população é coisificada, numerada e numeralizada, manipulada e conduzida, sem ao menos se dar conta que está sendo levada para o matadouro das marcas e grifes, deste ou daquele grupo. E seguem consumindo enganos, consumindo ilusão, consumindo fanatismo, consumindo radicalismo, consumindo um mundo de faz de conta, onde pessoas acreditam ter proteção ou defesa, separados em grupos e/ subgrupos, degladiando-se, enquanto os verdadeiros algozes se fazem de defensores de uns e de outros, loteando e estimulando a discórdia, pois o povo dividido é mais fácil de ser manipulado.
Somos pessoas, indivíduos inseridos em grupos de convivência, compartilhando interesses e necessidades.
Vamos deixar de ilusão.
Devemos ser militantes, determinados defendendo a causa humana, de modo que , independente do grupo social, combatemos o que for ruim, e apoiemos o que for, de fato, bom, justo e favorável ao coletivo... Pluralidade... Coletividade... Somos todos um corpo coletivo. HUMANIDADE.
Prof. Idenilton Santos

sábado, 10 de agosto de 2019

O QUE REALMENTE IMPORTA?

Uma mulher ganhou um amuleto e não sabia o que fazer com ele. Descobriu que dentro dele estava preso o amor da sua vida com tudo que ela sempre sonhou.
Presa em um encantamento. E senão voltasse ao normal estaria para sempre em suas mãos. Se voltasse ao normal estaria para sempre ao seu lado.
Mas estava preso por uma poderosa magica. Ele não podia sair do amuleto e ela não podia se livrar aquele objeto.
Soube de uma caverna onde poderia se livrar do amuleto.
Foi varias vezes à caverna em vão.
Mais uma vez ela entra na caverna levando o amuleto. Desta vez e encontrou tesouros maravilhosos na caverna.
Colocou o amuleto em um lugar seguro.
E catava as joias e preciosidades.
Ouvia do fundo da caverna: não esqueça o que realmente importa.
Observou e analisou tudo. Catou o que pode e saiu.
Ela entrou na caverna para aprender e para quebrar a maldição
Logo na entrada ficou tão confusa que deixou o amuleto cair algumas vezes. Mas por sorte não quebrou. Colocou-o em local seguro e continuou sua jornada de descobertas e experiências.

Ao sair da caverna ouviu mais uma vez. Não esqueça do que realmente importa.
Estava cheia de experiencias é ideias. E as preciosidades da caverna. Aquele mundo mágico.
A caverna se fechou e ela viu que o amuleto ficaria perdido.
Ela voltou bateu forte nas paredes e desistindo de tudo mais queria apenas seu amuleto
 ... E o amuleto veio até ela que não entendia como isso aconteceu. Mas estava tão bem pela certeza de que não perderia mas o amuleto porque estaria sempre la, entrou em um lago e deixou o amuleto na grama junto com outras coisas... E se distraiu olhando  os peixes quando achou pedras preciosas e se pôs a catar feliz.
Uma ave de rapina levou o amuleto e deixou cair nas rochas do vale mágico. O receptáculo se quebrou e de la saiu o seu parceiro tão dedicado e devoto.
Que ficou a observá-la e percebeu sua curiosidade pelo mundo...
Voltou para perto dela. Mas não era apenas seu amuleto. E não era apenas seu parceiro dw jornada.
Aprendeu a ser como ela.
Buscando coisas impressionantes o tempo todo... Mas sem notar a graciosidade daquilo que de tão disponível passou a parecer complemento.
E embora importante parecia qualquer coisa.
Até que foi esquecido na mata. Depois nas pedreiras. E de repente ela não sabia onde tinha esquecido



Adaptação livre.

terça-feira, 26 de julho de 2011

"NOTÍCIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR"

Notícia de uma guerra particular1



Idenilton Jose Nascimento dos Santos


Resumo: A realidade nas favelas do rio como um reflexo do quadro social brasileiro. A busca por uma colocação social e o desejo pela ostentação e o poder levam pessoas de todas as idades a aderirem à prática do crime. As concepções e reflexões dos moradores das favelas levam a uma reflexão intrigante. Os Conflitos entre traficantes e policias na favela configuram uma guerra camuflada .
Palavras-chave: Narcotráfico – Violência – Segurança – Favela – Conflito - Guerra Urbana – Sociedade – Rio de Janeiro.
Sumario: 1. Introdução; 2. Comentário Critico; 3. Comparação das Obras Trabalhadas; 4. O Direito; 5. Contribuições do Direito e da Antropologia.

1. Introdução

O documentário mostra o conflito social da capital do Rio de Janeiro – conseqüências da situação econômica não apenas da cidade, mas do país inteiro – através de entrevistas com policiais, moradores de uma das muitas favelas que cercam a cidade e participantes do narcotráfico.


2. Comentário Crítico
Cabe-nos uma reflexão acautelada, uma vez que tratamos ate aqui de uma das maiores mazelas da sociedade. Tomamos carona nesta nau “Notícias de uma guerra particular”, documentário que fora produzido em 1997, com direção de João Moreira Salles e Kátia Lund, que tem sido referencia para os estudos desenvolvidos a cerca da violência urbana no Brasil e a inércia do Estado, devido a intolerância e ao descaso das Elites Burras e sistematizadas2. A partir desta obra nos foi possível mensurar a gravidade dos conflitos sociais na capital do Rio de Janeiro, permitiu-nos ainda uma visão mais ampla no tocante a vida que levam os moradores dos morros, bem como seus aspectos positivos e negativos. Dizendo de outra forma podemos compreender melhor
os reflexos do quadro econômico daquela cidade, e do próprio Brasil.

Ao abordar os moradores da favela, os policiais e os agentes do narcotráfico, o documentário trás ao publico, não uma mera analise de um estudioso que faz o seu discurso de critica e/ou defesa baseando-se em dados da mídia, no ouviu dizer, ou leu em algum canto, mas sim uma retratação fiel dos fatos. Os moradores explicam aquele sistema e expõem os benefícios do mesmo. O que se percebe e para os moradores,pelo menos para a maioria, o sistema implantado pelo narcotráfico gera uma ordem que impõe segurança e respeito na regiao, enquanto que a polícia e temida e vista como o inimigo a ser evitado e ate combatido. E neste ponto que fica mais evidente a veneração, o apoio, o respeito e a admiração dos moradores para com aqueles que controlam os morros. Esta posição, comandante do morro, leva crianças, adolescentes e jovens que aspiram poder e respeito a tomarem parte nas ações dos traficantes, o que conduz, invariavelmente, a um aumento assustador da violência urbana. Seria um grande equivoco pensar estamos diante manifestações sócio-ideológicas. Almeja-se muito mais. Quer-se mais do que comida e moradia; Quer-se também a ostentação: os melhores Celulares, as melhores roupas; os melhores carros caros e assima de tudo o poder. Mas, não nos limitamos a analise de apenas um lado. No outro extremo temos policiais que se colocam como soldados em uma guerra. Eles tem também suas necessidades e ambições, e tambem convivem com a miséria, sendo muitos oriundos de favelas. Pessoas que estavam expostas as mesmas adversidades e optaram por outro caminho (alguns que ainda acreditam no combate ao crime).

O que fica, de fato, em Notícias de uma Guerra Particular e a aflição de ver guerra não declara, apesar de tão sangrenta, com tantas conseqüências catastróficas para a sociedade, dentro de um país dito pacífico. Vivemos uma guerra maquiada em que todos perdemos, na qual não há vencedores.


3. Comparação das Obras Trabalhadas
O filme Notícias de uma guerra particular pode ser comparado ao texto Conspiração Contra a Mudança3 nos seguintes aspectos: Temos uma estrutura arregimentada de forma a manter os indivíduos nas condições que melhor convem aos que detem o controle do sistema legal. E nesta busca pelo controle das posições sociais estes indivíduos que detem o controle agem com descaso e desrespeito para com os demais, não cuidam daquilo que foge aos seus interesses. Temos, desta forma, entre muitos fatores, a marginalização das massas populares. E nesta dicotomia configurada (elite/massa marginal), quem detem o poder age de forma que este quadro seja continuo. O Crime Organizado do Narcotráfico, aproveitando-se desta divizao permitida e oportunizada pela inoperância do Estado (enquanto poder do Sistema Legal), fez surgir o que podemos chamar de “Sistema Paralelo”. Quem detem o poder e as riquesas (Sistema Legal) resisti e adota praticas que tem impedido mudanças no quadro social de modo que impedem o crescimento e desenvolvimento das classes mais sofridas. Da mesma forma quem detem o controle no Sistema Paralelo/Alternativo (nos morros, nosso caso), não permitira que ocorram mudanças. Em ambos os lados notaremos frequentemente discursos inflamados para animar as massas e criar espectativas. Contudo, não passa disso: “uma estratégia perversa que visa apenas criar espectativas, pousando de bons moços, figurando como símbolos e ícones da esperança, mas que no fundo buscam a mesma coisa: a manutençao deste quadro de esploraçao e manipulação. No filme evidencia-se a realidade da sociedade brasileira (não apenas do Rio de Janeiro), no livro podemos alargar nossa compreensao a cera dos motivos e da instrumentalizao adotada para impedir que os indivíduos busquem as mudanças, ou, mesmo buscando, não as possam sustentar4. Nos dois casos, podemos perceber bipolarização da Estrutura Social e e, também, muito fácil notar que as mudanças so interessam aos mais sofridos, ao povo (massa de manobra nas mãos das elites sociais e dos senhores do crime organizado), que tem sido iludido e levado ao comodismo/conformismo.
Há um grave equivoco nos discurso do individuo que declara: “não quero saber do governo, pois são todos safados e bandidos, e não ligam pra nos. Tenho que ficra fora disso.”; “So vou conseguir as coisas que quero e que preciso entrar para o crime organizado.”. Agindo desta forma estaremos dando sustentação ao cenário estudado aqui.

4. Contribuições do Direito e da Antropologia
O direito, pela sua natureza, apresenta relação dogmática com o conteúdo normativo que compõe o ordenamento jurídico da sociedade. No entanto, a realidade objetiva da virada do século XX impõe a tal dogmatismo novas questões. A globalização tem, como uma de suas conseqüências, a aproximação entre sociedades, culturas, modos de vida, hábitos que, antes, encontravam-se separados. Cada vez mais, as leis de qualquer país deverão levar em consideração valores, problemas e acordos que não foram criados internamente, mas vêm de fora, são o resultado da interação com outras sociedades. Não será mais possível pensar o direito da sociedade moderna como algo cujas implicações se esgotam, acabam na sua fronteira. A realidade objetiva deste novo ordenamento das relações internacionais requer a atitude crítica.

A lei não é o resultado apenas de vontade soberana que reina para além da sociedade na qual está inserida. A observação mostra justamente o contrário: o ordenamento jurídico varia conforme os valores, as idéias e as práticas de determinada sociedade. Contudo, pelas suas características intrínsecas, o profissional da lei — seja ele, no Brasil, promotor, juiz ou advogado — mostra dificuldades com a abordagem crítica necessária a este mundo onde a alteridade está, cada dia, mais próxima. Sua postura é, na maior parte dos casos, de dogmatismo necessário, e as razões dessa necessidade não são difíceis de apontar. O ordenamento jurídico de uma sociedade só pode valer nas situações sociais se for percebido como absoluto — aquilo que, por definição, está para além de qualquer relativismo. De que maneira, então, é possível desenvolver a atitude crítica em face desse dogmatismo necessário?
Será que um ordenamento jurídico absoluto resolveria a situação mostrada no filme “Notícias de uma guerra particular” e do livro “Cabeça de Porco”? E no tocante à antropologia?
Recorrendo a Feyerabend5, podemos dizer que é impossível conhecer os limites de determinada teoria de dentro; antes, é preciso um padrão externo de crítica; somente assim, suas fronteiras poderão ser traçadas. O mesmo arrazoado serve ao direito: somente com padrão externo de crítica, com base em outro que consiga ordenar sua existência de maneira radicalmente diferente da nossa é possível construir um padrão de crítica que possa mostrar-nos que o mundo real, o qual pensamos habitar, não passe de um mundo imaginário entre muitos.

O contato com as etnografias e as formulações comparativas da antropologia jurídica tem o objetivo de fornecer ao aluno este ponto de vista externo, baseado no estudo de sociedades radicalmente diferentes da nossa. Além disso, a antropologia jurídica pretende problematizar a questão da universalidade do direito e fornecer ao aluno um conjunto de instrumentos teórico-metodológicos para lidar com a comparação entre diferentes sistemas jurídicos de sociedades contemporâneas.
É fundamental que lancemos mãos destes instrumentos para o entendimento adequado desta realidade e que possamos apontar soluções, ou pelo menos tenhamos um referencial do caminho a seguir. O Direito e a Antropologia (dicotomia que levou ao advento da Antropologia Jurídica), podem desempenhar um papel muito importante.

REFERENCIAS

Cardoso de Oliveira, L. R. (1992). “Comparação e interpretação na antropologia jurídica”. In: Anuário Antropológico 89, p. 23-45.


CEPA/Poesia. Ano 1. e. 4. Salvador. Editoração CEPA. 1998. p. 31-33.


FEYERABEND, P. Contra o método. Rio de Janeiro: F. Alves. (Trabalho original publicado em 1975)


_______. (2002) Direito legal e insulto moral: dilemas da cidadania no Brasil,
Quebec e EUA. Rio de Janeiro: Relume Dumará. [342.7 O48d]


Kant de Lima. R. (1989). “Cultura jurídica e práticas policiais: a tradição inquisitorial no Brasil”. In : Revista Brasileira de Ciências Sociais (ANPOCS), nº 10, vol. IV, p. 65-84.


_______. (1995). A política na cidade do Rio de Janeiro: seus dilemas e paradoxos. Rio de Janeiro: Forense.


SALLES, João Moreira. LUND, Kátia. Notícias de uma Guerra Particular. Rio de Janeiro. 1997.


SOARES, Luiz Eduardo. MV Bill. ATHAYDE, Celso. Cabeça de porco. Rio de Janeiro. Objetiva, 2005.



1 SALLES, João Moreira. LUND, Kátia. Notícias de uma Guerra Particular. Rio de Janeiro. 1997.
2 DENNER, Dennye. No poema A Face Escarlate da Minha Pátria!
3 SOARES, Luiz Eduardo. MV Bill. ATHAYDE, Celso. Cabeça de porco. Rio de Janeiro. Objetiva, 2005. p. 100-108.
4 SOARES, Luiz Eduardo. MV Bill. ATHAYDE, Celso. Cabeça de porco. Rio de Janeiro. Objetiva, 2005. p. 179-188.
5 FEYERABEND, P. Contra o método. Rio de Janeiro: F. Alves. (Trabalho original publicado em 1975)

Postagem em destaque

AMOR DE PERDIÇÃO: O Pacto de Sangue.

Apresentamos Idenilton Santos , um talentoso escritor que traz uma abordagem inovadora ao gênero dos romances sensuais. Em sua obra, ele des...