sexta-feira, 7 de julho de 2023

Matéria sobre o Romance "AMOR DE PERDIÇÃO: O Pacto de Sangue""



https://www.eixosnoticias.com.br/noticia/454/d-w-editora-lanca-amor-de-perdicao-o-pacto-de-sangue-um-romance-envolvente-ambientado-em-salvador-ba.html




**D&W Editora lança "Amor de Perdição: O Pacto de Sangue" - um romance envolvente ambientado em Salvador, Bahia**
Salvador, Bahia - A D&W Editora tem o prazer de apresentar seu mais recente lançamento literário, "Amor de Perdição: O Pacto de Sangue", escrito pelo talentoso autor Idenilton José Nascimento dos Santos. Este romance cativante transporta os leitores para a vibrante cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia, no nordeste do Brasil, enquanto narra a história de Lanna Secco Constantine, uma jovem modelo determinada a viver intensamente cada momento de sua vida.

Lanna, uma empreendedora audaz, aproveita ao máximo os bons momentos e aprende com os erros que encontra em seu caminho. Em sua jornada, ela encontra um homem que se encaixa perfeitamente em seu estilo de vida e o envolve em seu mundo repleto de criatividade. Juntos, eles embarcam em emocionantes aventuras, com ele tentando acompanhar o ritmo acelerado de Lanna e mergulhando de cabeça em todas as suas ousadas ideias. Um verdadeiro amante e cúmplice, essa relação parece florescer sem impedimentos.

No entanto, o enredo toma um rumo inesperado quando a história de um pacto de sangue com a irmã gêmea de Lanna vem à tona. À medida que as garotas colocam o plano em prática, aproveitam para se divertir. No entanto, a vida decide pregar uma peça nas duas, lançando-as em uma trama repleta de fortes emoções e reviravoltas imprevisíveis. Nesse mundo de incertezas, tudo pode acontecer, e as protagonistas se veem diante de desafios que testarão sua coragem e determinação.

Com sua prosa habilidosa, Idenilton José Nascimento dos Santos cria uma narrativa envolvente que mantém os leitores ávidos por virar cada página. "Amor de Perdição: O Pacto de Sangue" é uma história que mergulha nas profundezas do amor, da amizade e dos segredos familiares, levando os leitores a uma viagem inesquecível pelo colorido cenário de Salvador.

Este romance empolgante já está disponível nas principais livrarias e lojas online, e promete conquistar os corações dos leitores ávidos por uma história envolvente e cheia de reviravoltas. Não perca a oportunidade de embarcar nessa emocionante jornada através de "Amor de Perdição: O Pacto de Sangue", um livro que promete cativar e entreter do início ao fim.

Por: Caetano Barata

sexta-feira, 21 de abril de 2023

CASTRO ALVES


QUADRO DE PALESTRA NA CÄMARA MUNICIPAL DE SALVADOR - ANOS 90

 

CASTRO ALVES

 

Æ  1847 —

Nascido a 14 de março, na fazenda das Cabaceiras, próxima a Curralinho, hoje Castro Alves, filho de dr. Antônio José Alves e d. Clélia Brasília da Silva Castro.

Æ  1852-53 —

A família de Castro Alves, Cecéu, como chamado, transfere-se para Muritiba e Posteriormente para São Felix, onde teve início a sua educação-escolar.

Æ  1854 —

Neste ano, chegam a Salvador para residir à Rua do Rosário, no 1, sobrado no qual ocorrera o assassinato de Júlia Feital, o celebre crime da bala de ouro.

Æ  1855 —

Mudam-se para a Rua do Passo.

Æ  1856-57 —

Neste período o jovem Castro Alves ingressa no Colégio Sebrão.

Æ  1858 —

Passa para o Ginásio Baiano, do Dr. Abílio César Borges, que depois se tornaria o Barão de Macaúbas. Ainda neste ano sua família passa a residir no solar da Boa Vista.

Æ  1859 —

Momento de Grande dor  para o jovem Castro Alves, devido o falecimento de sua mãe, d. Clélia.

Æ  1860 —

Foi no Ginásio Baiano, a 09 de setembro, que Castro Alves recitou suas primeiras poesias.

Æ  1861 —

Ainda no Ginásio Baiano declamou, no dia 03 de julho, o seu primeiro poema ao 02 de julho.

Æ  1862 —

Dr. Antônio José Alves casa-se com a então viuva Maria Ramos Guimarães.

Na Companhia de José Antônio, seu irmão mais velho, Castro Alves transfere-se para o Recife. A 23 de julho, publicou o seu poema "Destruição de Jerusalém" no "Jornal do Recife".

Æ  1863 —

Faz, no mês de Março sua primeira tentativa de matricular-se no Faculdade de Direito do Recife, sem êxito. Neste ano também acontece a estréia de Eugênia Câmara no teatro Santa Isabel.

Sofre uma hemoptise e publica seus primeiros versos abolicionistas. Seu irmão José Antônio demonstra sinais de desequilíbrio mental e é transferido para o Rio de Janeiro.

Æ  1862 —

Mais uma Tragédia abala a vida do "Poeta".  Desta vez fora o suicídio do seu irmão, José Antônio, em Curralinho. Matricula-se, finalmente, para o curso de direito e com colegas redige o "Jornal Futuro", quando também escreveu o poema "O Tísico" que depois viria a receber o título "Mocidade e Morte". Acabou por interromper os estudos voltando à Bahia em outubro.

Æ  1865 —

Em março, vota ao Recife em companhia de Fagundes Varela. Na abertura oficial dos Cursos Jurídicos, a 11 de agosto, declama "O Século". Passa então a residir na Rua do Lima, em companhia de Idalina onde escreveu muitos dos poemas de "Os Escravos". Conforme a tradição da família, alistou-se no pelotão acadêmico de voluntários, para a guerra do Paraguai, a 19 de agosto. Desembarca na Bahia, em dezembro, acompanhado por Fagundes Varela.

Æ  1866 —

A 23 de Janeiro, falece o dr. Antônio José Alves. Nova dor.

Voltando ao Recife, castro Alves matricula-se no segundo ano do Curso Jurídico. Com Ruy Barbosa, e outros colegas, funda a Sociedade Abolicionista. Polemiza, pela imprensa, com Tobias Barreto. Foi no teatro Santa Isabel, a 07 de setembro, que ele recitou "Pedro Ivo". Ainda naquele ano teve início o seu romance com Eugênia Câmara.

Æ  1867 —

No  povoado do Barro, onde conviveu com Eugênia, concluiu o seu espetáculo, um drama, "Gonzaga". Voltando com eugênia para a Bahia, no mês de maio e, no teatro São João, a 7 de setembro, aconteceu a estréia do "Gonzaga", com muito sucesso. Voltou a residir no Solar da Boa Vista em outubro.

Æ  1868 —

A 08 de fevereiro viaja para o Rio de Janeiro, levando consigo Eugênia Câmara. Foi recebido por José de Alencar, que vivia um grande momento, e Machado de Assis, parte então, a 11 de março, para São Paulo. No Teatro São José declama "Ode ao 02 de Julho" e a 07 de setembro é a vez de "Navio Negreiro", ambos com muito sucesso. No mês seguinte, 25 de outubro exatamente, estréia o "Gonzaga", no mesmo teatro. Uma seqüência desentendimentos provoca a sua separação com Eugênia Câmara. Foi durante uma caçada no Brás, a 11 de novembro, que espingarda dispara, acidentalmente, alojando-se toda a carga no seu calcanhar esquerdo. — muitos pesquisadores discordam disto.

Æ  1869 —

Matricula-se no quarto ano do curso de direito. Tem início o enfraquecimento pulmonar. A 21 de maio, quando chega ao Rio de Janeiro, está abatido e debilitado. Foi hospedar-se na casa do amigo Luis Cornélio dos Santos e no mês de junho teve o pé amputado. Neste ano também aconteceu seu último encontro com Eugênia Câmara, no teatro Fênix, dramático, a 31 de outubro. O regresso para a Bahia se deu em 25 de novembro.

Æ  1870 —

Por recomendações médicas Castro Alves segue para a fazenda Santa Isabel e depois para Orobó, onde termina "A cachoeira de Paulo Afonso". Volta a Salvador em setembro e lança no mês seguinte "Espumas Flutuantes".

Æ  1871 —

 Apaixona-se pela cantora italiana Agnèse [Trinci Murri].

Recitou pela última vez a 10 de fevereiro na associação comercial, em prol das crianças vítimas da guerra franco-Prussiana. Após a noite de São João seu estado de saúde se agrava.

O poeta Antônio de Castro Alves expira às três e meia da tarde do dia 06 de julho no palacete do Sodré, junto a uma janela por onde entrava a luz do sol naquela triste tarde.

Æ  1875 —           Ocorre a publicação do "Gonzaga".

Æ  1876 —           Publicação de "Cachoeira de Paulo Afonso".

Æ  1880 —           Publicação de "Os Escravos".

 

Ofereço, neste momento, o meu tributo ao poeta maior:

"Antônio de Castro Alves"

BRASIL, 500 ANOS

Deus!...

O que houve com a “minha terra”?

Aquela que emanava belezas...

Sequer percebo os bosques e jardins.

A alma do meu povo ensecou;

A face da minha Pátria

enrubesce de vergonha;

Os homens de verdade

se perderam na História;

Até os pássaros pereceram nas suas palmeiras...

O que houve com a minha terra?

Aquela que era tão rica em vida

e cujo futuro se fazia ecoar no mundo:

“Esta é uma terra santa”...?

Terra de Santa Cruz... passa tempo, o tempo passa;

Ilha de Vera Cruz... passa tempo, o tempo-passa;

Finalmente: Brasil!

Brasil, faz 500 anos...

Diante de tantos conflitos por riqueza e poder,

restou ao meu povo injustiça e miséria

ao longo destes cinco séculos.

Brasil 500 anos,

o que restará da minha terra?

 

BIBLIOGRAFIA

 

1) CALMON, Pedro, CASTRO ALVES — O HOMEM E A OBRA, Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1973, 355 p.p.

2) ROCHA, Carlos Eduardo da, CASTRO ALVES E AS ARTES PLÁSTICAS, Salvador, Academia de Letras, 43 p.p.

3) CUNHA, Fernando Whitaker da, e  J. Galdino, CASTRO ALVES, Ensaios críticos, organizada por Maria Chaves de Melo, Rio, Barrister's Editora Ltda., 179 p.p.

4) CARVALHO, João de, O CANTOR DOS ESCRAVOS, CASTRO ALVES, Brasília DF, T.A. Editor Ltda., 1989, 150 p.p.

 

5) CORREIA, Jonas, SENTIDO HERÓICO DA POESIA DE CASTRO ALVES, Rio, Biblioteca  do Exercito, 1971, 88 p.p.

6) ROCHA, Carlos Eduardo da, Salvador, Academia de Letras da Bahia, Salvador, s/n de p.p. e s/d.

7) ALMEIDA, Norlândio Meireles de, UMA POLÊMICA EM TORNO DE UMA POESIA DE CAS­TRO ALVES, São Paulo, Editora Pannartz, 80 p.p.

8) BIBLIOTECA LUSO-BRASILEIRA – CASTRO ALVES Obra Completa, Rio de Janeiro, Cia. José Aguiar Editora.

09) POESIAS DE CASTRO ALVES, Antologia Comentada, Autores baianos, Edição Comemorativa do sesquicentenário de nascimento do poeta, Salvador, Secretaria da Cultura e Turismo, Fundação Cultural do Estado, EGBA, 1997, 107 p.p.

10) LEMOS, Gláucia, O POETA DA LIBERDADE, Belo Horizonte, Editora Dimensão, 33 p.p.

11) Revistas do Movimento Cultural CEPA: Edição Especial "A Castro Alves" e números 19 e 29, bem como entrevistas, diretas, com o professor Germano Machado.

 

quinta-feira, 30 de março de 2023

A CIVILIZAÇÃO ROMANA E SEU IMPÉRIO

 

MONARQUIA:

 

INÍCIO DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-SOCIAL   

 Por volta do século VII a.C., os etruscos impuseram seu domínio aos italiotas, e a aldeia romana acabou-se por tornar uma cidade.

Ao adquirir características de cidade, Roma iniciou um processo de organização político-social que resultou na Monarquia.

 

POLITÍCA: As Instituições

Durante a monarquia, Roma foi governada por rei, senado* e Assembleia Curial. 

O rei era juiz, chefe militar e religioso. No desempenho de usas funções, submetia-se a fiscalização da Assembleia Curial e do Senado.

São conhecidos sete reis romanos: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco (o Antigo), Sérvio Túlio e Tarquínio ( o Soberbo). Provavelmente deve ter existidos outros reis porém não há comprovação histórica. Dos reis citados acima quatro eram italiotas e os três últimos eram etruscos.

O senado era um conselho formado por cidadãos idosos, responsáveis pela chefia das grandes famílias (genos). As principais funções do Senado eram: propor novas leis e fiscalizar as ações dos reis.

A Assembleia Curial compunha-se de cidadãos agrupados em cúrias*. Seus membros eram soldados em condições de servir o exército. A Assembleia tinha como principais funções: eleger altos funcionários, aprovar ou rejeitar leis, aclamar o rei.

 

SOCIEDADE:  A divisão de classes

A sociedade romana estava dividida na seguintes categorias:

Patrícios: eram os cidadãos romanos, grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar funções públicas no exército, na religião, na justiça, na administração;

Clientes: homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social;

Plebeus: homens livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e ao trabalho agrícola. A plebe representava a maioria da população romana, sendo constituída de imigrantes vindos , sobretudo, de regiões conquistadas pelos romanos. Durante o período monárquico , os plebeus não tinham direitos de cidadão, isto é, não podiam exercer cargos públicos nem participar da Assembleia Curial;

Escravos: eram, em sua maioria, prisioneiros de guerra. Trabalhavam nas mais diversas atividades, como serviços domésticos e trabalhos agrícolas. Desempenhavam funções de capatazes, professores, artesãos etc. O escravo era considerado bem material, propriedade do senhor, que tinha o direito de castigá-lo, vendê-lo, alugar seus serviços, decidir sobre sua vida ou morte.

 

PASSAGEM PARA REPÚBLICA

Apesar dos progressos que Roma vinha alcançando com a Monarquia, no reinado de Tarquínio as famílias romanas poderosas (os patrícios) ficaram insatisfeitas com as medidas adotadas por esse rei etrusco em favor dos plebeus.

Para controlar diretamente o poder em Roma, os patrícios, que formavam o Senado, rebelaram-se contra o rei, expulsando-o estabelecendo uma nova organização política: a República

 

REPÚBLICA:

 

NOVAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E EXPANSÃO MILITAR:

Com a instalação da Republica, os patrícios organizaram uma estrutura social e administrativa que lhes permitia exercer domínio sobre Roma e desfrutar os privilégios do poder.

Os patrícios controlavam quase a totalidade dos altos cargos da República. Esses cargos eram exercidos por dois cônsules e outros importantes magistrados. Na chefia da República os cônsules eram auxiliados pelo Senado, composto por trezentos destacados cidadãos romanos. Havia, ainda, a Assembleia dos Cidadãos, manobrada pelos ricos patrícios.

 

CONFLITOS ENTRE PATRICÍOS E PLEBEUS

Embora os plebeus constituíssem a maioria da população, eles não tinham direito de participar das decisões políticas. Tinham deveres a cumprir: lutar no exército, pagar impostos etc.

A segurança de Roma dependia de um exército forte e numeroso. Os plebeus eram indispensáveis na formação do exército, uma vez que constituíam a maior parte da população.

Conscientes disso e cansados de tanta exploração, os plebeus recusaram-se a servir o exército, o que representou duro golpe na estrutura militar de Roma. Iniciaram uma longa luta política contra os patrícios, que perdurou por mais de um século. Lutaram para conquistar direitos, como o de participar de decisões políticas, exercer cargos da magistratura ou casar-se com patrícios.

 

CONQUISTAS DA PLEBE

Para retornar ao serviço militar, os plebeus fizeram várias exigências aos patrícios e conquistaram direitos. Entre eles encontrava-se a criação de um comício da plebe, presidido por um tribuno da plebe. A pessoa do tribuno da plebe seria inviolável, pessoa protegida contra qualquer violência ou ação da justiça. Ela teria também poderes especiais para cancelar quaisquer decisão do governo que prejudicassem os interesses da plebe.

Outras importantes conquistas obtidas pela plebe foram:

·                     Lei das Doze Tábuas (450 a.C) – Juízes especiais ( decênviros) decretariam leis escritas válidas para patrícios e plebeus. Embora o conteúdo dessas leis fosse favorável aos patrícios, o código escrito serviu para dar clareza às normas, evitando arbitrariedades;

·                     Lei Canuléia (445 a.C.) – autorizava o casamento entre patrícios e plebeus. Mas na prática só os plebeus ricos conseguiam casar-se com patrícios.

·                     Eleição dos magistrados plebeus (362 a.C.) – os plebeus conseguiram, lentamente, Ter acesso a diversas magistraturas romanas. Em 336 a.C., elegeu-se o primeiro cônsul plebeu, era a mais alta magistratura;

·                     Proibição da escravidão por dívidas – por volta de 366 a.C. foi decretada uma lei que proibia a escravização de romanos por dívidas ( muitos plebeus haviam se tornado escravos dos patrícios por causa de dívidas). Em 326 a.C., a escravidão de romanos foi definitivamente abolida.

As diversas conquistas da plebe, entretanto, não beneficiaram igualmente a todos os membros da plebe. Os cargos políticos e os privilégios ficaram concentradas nas mãos da nobreza plebeia, que passou a desprezar o homem pobre da plebe da mesma maneira que um elevado patrício.

 

CONQUISTAS MILITARES E EXPANSÃO TERRITORIAL

A luta política entre patrícios e plebeus não chegou a desestabilizar o poder republicano. Prova disso é que a República romana expandiu notavelmente seu território através de várias conquistas militares.

As primeiras evidências da expansão militar consistiram no domínio completo da península itálica. Mais tarde, tiveram início as guerras contra Cartago ( cidade no norte da África), conhecidas como Guerras Púnicas* . Posteriormente veio a expansão pelo mundo antigo.

Guerras Púnicas ( 264-146 a.C.) – a principal causa das guerras púnicas foi disputa pelo controle comercial do Mediterrâneo. Quando os romanos completaram o processo de conquistas da península Itálica, Cartago era uma próspera cidade comercial que possuía colônias no norte da África, na Sicília, na Sardenha e na Córsega. Era, portanto, uma forte concorrente dos romanos . Para impor sua hegemonia comercial e militar na região do Mediterrâneo, os romanos precisavam derrotar Cartago. Após batalhas violentas, desgastantes e com duras perdas, os romanos conseguiram arrasar Cartago em 146 a.C. 

Expansão pelo mundo antigo – eliminando a rival ( Cartago), os romanos abriram caminho para a dominação de regiões do Mediterrâneo ocidental (Macedônia, Grécia, Ásia Menor). O mar mediterrâneo foi inteiramente controlado pelos romanos que o chamavam de mare nostrum ( nosso mar).

 

CONSEQUÊNCIAS DAS CONQUISTAS MILITARES

As conquistas militares acabaram levando a Roma a riqueza dos países dominados. O estilo de vida romano, antes simples e modesto, evoluiu em direção ao luxuoso, ao requintado, ao exótico. A elevação do padrão e do estilo de vida romano refletia-se na construção das casas, no vestuários e na alimentação das classes dominantes. Mas o luxo e a riqueza eram privilégios de uma minoria de patrícios e plebeus ricos.

No plano cultural, as conquistas militares colocaram os romanos em contato com a cultura de outras civilizações. Nesse sentido, deve-se destacar a grande influência dos gregos sobre os romanos.

Á sociedade também sofreu transformações. Os ricos nobres romanos, em geral pertencentes ao Senado, tornaram-se donos de grandes latifúndios, que eram cultivados pelos escravos. Obrigados a servir no exército romano, muitos plebeus regressaram a Itália de tal modo empobrecidos que, para sobreviver, passaram a vender seus bens. Sem terras, inúmeros camponeses plebeus emigraram para a cidade, engrossando a massa de desocupados pobres e famintos.

CRISE E FIM DA REPUBLICA

O aumento da massa de plebeus pobres e miseráveis ornava cada vez mais tensa a situação social e política de Roma. A sociedade dividia-se em dois grandes polos.  De um lado, o povo e seus líderes, que reivindicavam reformas sociais urgentes. De outro a nobreza e grandes proprietários rurais.

A REFORMA DE GRACO

Diante do clima de tensão, os irmãos Tibério e Caio Graco, que eram tributos da plebe, tentaram promover uma reforma social (133-132 a.C.) para melhorar as condições de vida da massa plebeia. Entre outras medidas, propuseram a distribuição de terras entre camponeses plebeus e limitações ao crescimento dos latifúndios. Sofreram então forte oposição do Senado romano. Acabaram sendo assassinados a mando dos nobres, que se sentiram ameaçados pelo apoio popular que os irmãos vinham recebendo.

Fracassadas as reformas sociais dos irmãos Graco, a política, a economia e a sociedade romanas entraram num período de grande instabilidade.

A TRANSIÇÃO PARA O IMPÉRIO

Com o agravamento da crise, tradicionais instituições foram questionadas, e um clima de desordem e agitação foi tomando conta da vida das cidades. Diversos chefes militares entraram, sucessivamente, em luta pelo poder, marcando o processo de transição para o império. Entre os principais acontecimentos desse processo destacam-se:

·                     Em 107 a.C., o general Caio Mário tornou-se cônsul. Reformou o exército, instituindo o pagamento de salário (soldo) para os soldados.

·                     Em 82 a.C., o general Cornélio Sila, representando a nobreza, derrotou Caio Mário e instituiu um governo ditatorial.

Em 79 a.C., Sila foi forçado a deixar o poder devido a seu estilo antipopular de governo, pois a situação social estava incontrolável.

·                     Em 60 a.C. estabeleceu-se o Primeiro Triunvirato*, formado por Crasso, Júlio César e Pompeu para governar Roma. Pouco tempo depois de assumir o poder, Crasso foi assassinado. Surgiu, então, séria rivalidade entre Pompeu e Júlio César. César saiu vitorioso e tornou-se ditador supremo de Roma. Promoveu, durante o seu governo, diversas reformas sociais para controlar a situação. Em 44 a.C. foi assassinado por uma conspiração organizada por membros do Senado.

·                     Em 43 a.C., estabeleceu-se o Segundo Triunvirato, composto por Marco Antônio, Otávio e Lépido. O poder foi dividido entre os três: Lépido ficou com os territórios africanos, mas depois foi forçado a retirar-se da política; Otávio ficou responsável pelos territórios ocidentais; e Marco Antônio assumiu o controle dos territórios do Oriente. Surgiu intensa rivalidade entre Otavio e Marco Antônio, que se apaixonara pela rainha Cleópatra, do Egito. Declarando ao Senado que Marco Antônio pretendia formar um império no Oriente, Otavio conseguiu o apoio dos romanos para derrota-lo. Assim, tornou-se o grande senhor de Roma.

 

IMPÉRIO:

 

APOGEU E QUEDA DE ROMA:

A partir de 27 a.C., Otávio foi acumulando poderes e títulos, entre eles o de augusto*, e o de imperador.

Otávio Augusto tornou-se, na prática, rei absoluto de Roma . Mas não assumiu oficialmente o título de rei e permitiu que as instituições republicanas

(Senado, Comício Centurial e Tribal etc.) continuasse existindo na aparência.

ALTO IMPÉRIO ( 27 A.C.-235 D.C):

O alto império foi a fase de maior esplendor desse período.

Durante o longo governo de Otávio Augusto ( 27 a.C.-14 d.C.), uma série de reformas sociais administrativas foi realizada. Roma ganhou em prosperidade econômica. O imenso império passou a desfrutar um período de paz e segurança, conhecido como Pax Romana.

Após a morte de Otavio Augusto , o trono romano foi ocupado por vários imperadores, que pode ser agrupados em quatro dinastias:

·         Dinastia dos Julios-Claudius (14-68) – Tibério, Calígula, Claudio e Nero;

·         Dinastia dos Flávios (69-96) –Vespasiano e Domiciano;

·         Dinastia dos Antoninos (96-192) – Nerva, Trajano, Adriano, Marco Aurélio, Antinino Pio e Cômodo.

·         Dinastia dos Severos (193-235) – Sétimo, Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre.

 

BAIXO IMPÉRIO (235-476)

O baixo império corresponde à fase final do período imperial. Costuma ser subdividido em:

Baixo Império pagão (235-305) – período em que dominava as religiões não-cristãs. Destacou-se o reinado de Diocleciano, que dividiu o governo do enorme império entre quatro imperadores (tetrarquia) para facilitar a administração. Esse sistema de governo, entretanto não se consolidou.

· Baixo Império Cristão (306-476) – nesse período, destacou-se o reinado de Constantino, que através do Edito de Milão, concedeu liberdade religiosa aos cristãos. Consciente dos problemas de Roma, Constantino decidiu mudar a capital do império para a parte oriental. Para isso remodelou a antiga Bizâncio ( cidade fundada pelos gregos) e fundou Constantinopla, que significava “cidade de Constantino”

 

CRISE DO IMPÉRIO

O Baixo Império foi sendo corroído por uma longa crise social, econômica e política. Entre os fatores que contribuíram para essa crise, destacam-se:

·         Elevados gastos públicos para sustentar a imensa estrutura administrativa e militar;

·         Aumento dos impostor para custear as despesas do exército e da burocracia administrativa;

·         Crescimento do número de miseráveis entre a plebe, os comerciantes e os camponeses;

·         Desordens sociais e políticas provocadas por rebeliões tanto das massas internas quanto dos povos submetidos.

Agravando ainda mais essa situação social e econômica , os romanos tiveram de enfrentar a pressão dos povos bárbaros*. Chegou um momento em que os romanos perceberam que os soldados encarregados de defender Roma vinham dos próprios povos contra os quais eles (romanos) combatia.

 

DIVISÃO E DECLÍNIO DO IMPÉRIO

E INVASÃO BÁRBARA

           

Com a morte de Teodósio, em 395, o grande império Romano foi dividido em: Império Romano do Ocidente, com sede em Roma; e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla.

A finalidade dessa divisão era fortalecer cada uma das partes do império para vencer a ameaça das invasões Bárbaras. Entretanto, o Império Romano do Ocidente não teve organização interna para resistir aos sucessivos ataques dos povos bárbaros.

Os bárbaros tinham exército eficientes, que contavam com soldados guerreiros, coesão interna das tropas e boas armas metálicas. Apesar de rudes, os bárbaros exibiam ideal e vigor. Roma, por sua vez, mostrava-se corrompida pela discórdia, pela indisciplina no exército e pela falta de entusiasmo das populações miseráveis. É por isso que cerca de quinhentos mil bárbaros conseguiram desestabilizar o um império com mais de oitenta milhões de pessoas.

Em 476, o último imperador de Roma, Rômulo Augusto, foi deposto por Odocro, rei do hérulos, um dos povos bárbaros.

Quanto ao Império Romano do Oriente, embora com transformações, sobreviveu até 1453, ano em que os turcos conquistaram Constantinopla.

 

BIBLIOGRAFIA:

 

ENCICLOPÉDIA BRASILEIRA DE PESQUISA ESTUDANTIL – EPBE, Editora Didática Paulista

ENCICLOPÉDIA ESTUDO DIRIGIDO E PROGRAMADO, Editora didática paulista

MÓDULO DE PRÉ-VESTIBULAR, Editora Contexto

 

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